Agora
tento voltar à ativa, de forma que pretendo estar mais presente nesse espaço.
Esse
ano tive a grata surpresa de lecionar para os pequenos da Ed. Infantil e o que
gerou pânico de minha parte inicialmente, agora traz segurança e muitas
alegrias.
Um
período eu ficava em sala de aula, regente de 1 turma e no outro lecionava
Estudos Complementares, que pela prefeitura daqui seriam aulas de artes e
recreação.
Enfim,
o trabalho foi longo e o resultado eu partilho agora com vocês.
Sugestões
de jogos, brincadeiras e atividades artísticas a serem realizadas com os
alunos.
Observações:
- A maioria dessas
atividades trabalha atenção, coordenação motora ampla e fina, organização
espacial e temporal, partes do corpo, cores, sons, os cinco sentidos,
socialização entre colegas de uma mesma turma e de diferentes turmas,
percepção auditiva, visual e cinestésica, compreensão de regras, diálogo.
As atividades artísticas foram mais musicais e de teatro do que em papel,
haja vista que as crianças já as realizavam em sala de aula e eu quis
ofertar algo que fosse desafiador e diferente para elas, afinal qual de
nós ainda não percebeu que as crianças de hoje pouco brincam?
- Fica definido
nessas atividades e nos demais posts que seguirem que Etapa 1 (E1) refere-se
às crianças de 4 anos e Etapa 2 (E2) para as de 5 anos, de acordo com a
nomenclatura adotada pela Prefeitura de Ribeirão Preto.
- Não será
estipulado tempo para cada brincadeira, porque isso dependerá muito da
turma e não do nosso relógio. Seria bom que as primeiras atividades fossem
feitas com calma, certificando que cada aluno compreendeu o que é
necessário para se brincar, jogar, participar, sem lesar o outro.
- É interessante
que, mesmo em uma situação de competição, seja dito às crianças que, na
Escola, não ganha quem termina primeiro e sim quem faz direito, quem
aprende. Assim ficará mais fácil intervir quando necesário.
- Algumas músicas
eu tenho no computador e posso enviar para quem pedir (kikauhlemann@hotmail.com –
mandem e-mail, pois quase não entro no MSN)
1
- Esvaziar e encher: utilizei dois baldes dos que as crianças levam para
brincar no parquinho com areia, os baldinhos de praia, com peças de montar, de
jogos de encaixe. Para a E1 utilizei 10 peças e para E2, 15 peças. Os alunos
formam duas filas, uma de frente para a outras, a critério do professor:
meninos e meninas, grupo A e grupo B, etc. O primeiro aluno de cada fila deve
retirar as peças do baldinho utilizando apenas uma das mãos e uma de cada vez.
Quando terminar deve passar o baldinho para o colega seguinte, que deverá
guardar a quantidade retirada do baldinho, novamente uma de cada vez e com
apenas uma das mãos. Primeiramente fiz devagar, explicando como cada um deveria
fazer. Eles tem uma tendência a segurar o balde com uma das mãos para retirar
as peças com a outra, mas a regra não é esse e precisa ser cumprida. Quem
descumpre começa tudo novamente. Em seguida fiz uma competição dupla por dupla,
frente a frente um aluno de cada fila e por último fiz a competição entre as
duas filas.
2
– Galinha cega
Cantar
com as crianças a música “Grite e
cochiche” (Xuxa) e depois propor palavras para serem ditas gritando e
cochichando. Conversar com ela porque tem hora que falamos gritando e em outras
cochichando. Esclarecer que irá lembrá-las sempre dessas necessidades, quando
ela se esquecer e que isso não é uma bronca e sim um lembrete.
Forma-se
uma roda e uma criança é escolhida para estar ao meio, com os olhos vendados. As
crianças da roda cantarão: “A galinha do vizinho.”, enquanto a do meio é girada
por mim com os olhos vendados, até que a música acabe e todas as crianças
sentem-se na roda. A criança de olhos vendados escolherá um amigo, que irá
tatea-la e tentar saber, pelo toque, quem ela é. Se não conseguir, o colega que
está ao meio deverá cochichar: “Oi coleguinha!” caso a outra criança ainda não
sabia quem é, a do meio deve gritar: “Oi, coleguinha!”. Se a criança que está
vendada, não conseguir descobrir quem é o colega, continua no meio da roda,
caso contrário, troca de lugar com o colega desvendado.
3
- Aponte o que ouviu.
Cantar
com os alunos a música: “Cabeça, ombro, joelho e pé”.
Explicar
que vai dizer uma parte do corpo e apontar outra e que as crianças devem tocar
a parte do corpo que foi dita, ignorando a que foi apontada. Inicialmente usar
as partes do corpo mencionadas na música e em seguida possibilitar uma
brincadeira entre dois grupos, na qual uma criança de um grupo fala para que o
outro grupo aponte corretamente e vice-versa.
4
– Operários silenciosos.
Combine
com as crianças que vão fazer de conta que elas estão trabalhando, explore o
assunto com elas, questione se elas fazem alguma atividade fora da escola, como
é o seu dia-a-dia, se elas brincam com outros colegas da mesma idade, mais
novos ou mais velhos, se ajudam os pais, se ajudar é trabalhar. Em seguida
explique que você vai dar, de faz de conta, diversos materiais para elas
trabalharem e que terão que fazer tudo em silêncio, só com gestos, fazendo com
o corpo como se estivessem mesmo trabalhando. Sugestões: martelo, serrote,
tesoura, agulha, caneta, machado, pazinha, lápis, colher, faca, chinelo,
vassoura, caneta, etc.
Obs:
nas minhas observações em sala de aula, vi que alguns alunos faziam diferença
entre lápis e caneta, o primeiro colore o segundo escreve, que com a colher
eles não trabalham, eles comem (risos), que a agulha é para tomar injeção e não
para costurar. Interessante ver o mundo na perspectiva da criança, não é? Em
alguns casos eu comecei o movimento para que eles dessem continuidade,
principalmente na E1.
Continua...